Leia depoimentos de tutores sobre seus felinos no Dia Mundial do Gato

Corajosos, preguiçosos, companheiros ou ariscos. Independentemente da personalidade, quando os gatos entram nas nossas vidas, mudam tudo para melhor.

Para comemorar o Dia Mundial do Gato, celebrado neste domingo (17), mais de cem leitores enviaram depoimentos sobre como seus bichanos deixam a rotina mais alegre.

Se você mandou o seu texto, mas ainda não foi publicado, não se preocupe. Ao longo deste dia, mais relatos serão publicados. 🙂

Lucas Cardoso e Louise – Uma felicidade só

“Minha história com a Louise começou há seis anos. Quando ela chegou, lembro que nem cabia na palma da minha mão direito. E uma coisa que eu nem sabia que isso existia na vida real, acabou acontecendo: amor à primeira vista.

Minha vida desde então (como a da maioria das pessoas) teve muitos altos e baixos. Algumas dificuldades nesse caminho sabe? Mas muitas alegrias também. E é sobre isso que gostaria de contar a vocês. Sobre alegria.

Quando decidi vir aqui escrever esse texto e pensei na Louise, minha primeira reação foi sorrir. Porque ela é isso pra mim, uma felicidade só.

Então quis compartilhar isso. O quanto ela me faz feliz todos os dias, o quanto é leal e parceira. Uma homenagem a ela.

Minha vida antes da Louise era como ter menos uma amiga. Era menos uma relação de confiança. E como agradeço o dia em que de uma caixa de papelão na rua, ela veio parar direto na minha vida.

Hoje eu tenho mais que uma gatinha (linda, por sinal) eu tenho uma amiga. E ela tem um amigão aqui também.

Eu só desejo que nossa história continue assim. Com muita alegria. Não preciso de muito, inclusive. Ela estar aqui já é mais do que suficiente. Ela significa muito pra mim, muito mesmo.

Bom, desejo a todos vocês um Dia Mundial do Gato com muito amor entre vocês e seus gatinhos.

E só um pedido: você que ainda decidiu não adotar um gatinho, está na dúvida, pensando se entra nessa ou não, não tenha medo. Adotar é lindo. Adotar a Louise foi a melhor decisão que já tomei na minha vida. É isso. Estou mandando uma foto dela, porque ela é exibida e sempre gostou de aparecer.

Maria José Horta e Fiuk – Amor e superação

Sempre gostei muito de gatos, desde a infância no interior de Minas Gerais. Atualmente, eu e meu marido temos um sítio próximo a Belo Horizonte. Lá já tivermos vários gatos, tanto ele como eu gostamos muito dessa bolinha de pelos que alegra nossos dias.

Gostaria de contar a história de um em especial, o Fiuk. Encontrei o gatinho ainda filhote em um posto de gasolina todo sujo de óleo e faminto.

O seu olhar me cativou e eu nem pensei duas vezes, levei-o para o sítio. Ao completar um ano, teve uma briga violenta com outro gato macho que o mordeu no rabo.

Mesmo tratando, acabou perdendo o rabo lindo que tinha. Esse gato nos passou uma história de amor e superação. Tanto sofrimento, e ele nos agradece todos dias com seu ronronar, carinho e amizade.

Alessandra Maria Corrêa de Paula e Romeu – Salvou a vida do meu filho

Romeu era um gato malandro, passeador e nada doméstico. Gostava mesmo era de rua! Porém, um dia, ainda durante minha licença-maternidade, eu estava lavando louças e o Romeu apareceu na cozinha miando.

Fiquei surpresa, pois por onde havia entrado aquele gato? Como minha reação não passou da surpresa, ele continuou a miar e acrescentou uma mordida em meu calcanhar.

– Ai, Romeu! O que é isso?, perguntei.

Não contente, os miados ficaram mais altos. Levei mais uma mordida de verdade. Aproveitando minha indignação, ele se dirigiu ao quarto do meu filho, miando muito. Resolvi segui-lo para ver onde aquilo ia parar.

Quando entrei no quarto, ele pulou dentro do berço e pude ver que meu filho havia se enroscado na manta e estava sufocando. Fiquei apavorada!

A janela do meu quarto estava aberta, e foi por lá, usando o muro, que Romeu entrou.

Logo socorri meu filho que estava ficando roxo, sem respiração.

Depois do susto, agradeci ao felino atento, que ganhou uma cama gostosa ao lado do berço e um lugar no carrinho de passeio. Romeu também ficou mais caseiro e extremamente ligado ao meu filho.

Roberta Galom Bulbow e Xaninha – Respeito ao próximo 

Meus pais sempre me ensinaram a gostar de animais, sejam quais forem. Desde criança, eu já tinha uma boa intimidade com os bichos. Lembro-me do Sheik, um cãozinho pequinês bravo e ao mesmo tempo amoroso, que acompanhou meus primeiros anos de vida, até que, quando eu tinha mais ou menos uns três anos de idade, ele sofreu um infarto fulminante.

Minha mãe, muito apaixonada pelos bichos, sofreu demais e prometeu a si mesma não adotar mais nenhum animalzinho. Mas eis que, o destino, ah, o destino sempre pregando peças na gente, fez aparecer uma linda gatinha preta, toda machucada, na porta de nossa casa.

Meu pai não queria de jeito nenhum, bateu o pé. Mas não adiantou, o dom do convencimento feminino foi maior. Adotamos a linda gatinha, cujo nome dado foi Xaninha. Cuidamos de seus ferimentos, demos água, comida, lugar para dormir e principalmente amor. Só quem tem um gato sabe o quanto nos apegamos a eles. É uma coisa impressionante, eles vão nos conquistando, chegando de mansinho, com aquele jeito tímido e carinhoso, muito independente e, quando nos damos conta, ficamos totalmente apaixonados!

Depois da Xaninha, outros gatinhos apareceram em nossa casa e naquele momento, nós todos já gateiros assumidos (inclusive meu pai, acreditam?), abrimos nossas portas para receber esses verdadeiros anjos de Deus. Sim, eu acredito que os gatos são anjos. Somente anjos poderiam mudar a vida da gente para melhor, nos tornar menos egoístas, encher nossos corações de amor, de solidariedade e de respeito ao próximo.

Essa última qualidade, os gatos têm de sobra: na minha opinião, são um dos animais que mais respeitam o espaço do outro, seja um outro gato, outro animal e até mesmo nós, humanos. Eu admiro demais essa qualidade deles, de perceberem quando você não está bem, e ficarem quietinhos, respeitando nosso momento e daí, de mansinho, se aproximam para nos oferecer conforto.

Atualmente, temos dois siameses adoráveis. E, respondendo à pergunta do blog, minha vida antes dos felinos era menos alegre, menos solidária e mais vazia. Eles preenchem um espaço precioso no coração da gente, não dá para explicar. Outro dia, estava pensando nisso, tenho uma ligação tão forte com meus filhos peludos, que quando chego em casa e os pego no colo, parece que todos os problemas ficam para trás. Os gateiros assumidos entendem bem esse sentimento.

O gato para mim representa todas as qualidades que, muitas vezes, os humanos não têm: são companheiros, leais, amorosos, capazes de dar sem esperar nada em troca e de, ao mesmo tempo, receber o nosso afeto de forma transparente, sem segundas intenções. Portanto, não imagino minha vida sem eles! Espero que eles vivam muitos e muitos anos e continuem nos proporcionando momentos tão valiosos.

Fernanda Zacchi e Gaspar – Pedi doações para salvá-lo

Eu sempre tive gatos, assim como toda a minha família. Quando fui morar sozinha, queria muito ter um gato, mas tinha medo da responsabilidade, já que passava o dia fora de casa.

Eu trabalhava em um condomínio horizontal, em Alphaville, que era lotado de gatos, e conseguia satisfazer meu amor por eles assim, no dia a dia em horário comercial.

Até que um dia apareceu um gato laranja grande e muito falante. Todos os dias ele aparecia na hora do almoço para pedir comida. Eu, que nunca levava marmita, comecei a separar comida para ele do meu prato. Metade minha e metade dele, era nosso pacto.

Eis que, um dia, o Gaspar (ou Marcos, como também era conhecido ali) apareceu antes da hora do almoço com a patinha em carne viva. Desesperada, corri com ele para o veterinário com a ajuda de uma grande amiga.

Seu estado era grave, tinha vermes, pulga e uma bicheira agressiva na patinha. Quase morreu, quase perdeu a patinha. Vendi brigadeiros, doces e cachecóis para pagar a conta do veterinário. Pedi doações para meio mundo: chefe, família, amigos.

Gaspar melhorava a cada dia. E a cada dia ganhava mais meu coração. Perto de sua alta, decidi que ele seria oficialmente meu e eu, inteiramente dele.

Gaspar é um gato grande, diabético e FIV positivo. É o amor da minha vida. Ele me ajudou a sair de uma depressão, superou comigo dietas, amores e crises de enxaqueca.

Estamos juntos há nove anos e estima-se que ele tenha em torno de 14 anos agora.

Onde estou, ele está. Se choro, ele corre para me acudir. Quando chego em casa, mesmo que depois de um minuto, ele vem me receber com miados e lambidas.

Dorme todos os dias comigo, em cima da minha cabeça e com uma patinha envolta do meu pescoço. Sou sua e ele, meu. Sei que um dia, ele não estará mais comigo. E converso muito com ele (comigo) sobre esse dia. Já chorei por antecipação à perda que eu ainda nem tive, mas meu amor por ele é assim. Não sei onde ele termina e onde eu começo.

Joyce Mota e Pitica – Fico em casa por ela 

Eu, uma taurina extremamente apegada à vida material. Organizada e limpa. Horas ajeitando a casa sem sequer sair para me divertir. Vivendo sozinha num apartamento muito silencioso e com uma vida sem graça.

Um dia acordei com uma imensa vontade de doar o amor que de dentro de mim transbordava. Fui a uma feira de adoção com o objetivo de pegar uma gata preta, vacinada e castrada. Encontrei, mas não me satisfazia. Eis que vi uma gaiola com pelo menos oito gatinhos enlouquecidos. E ela, a menorzinha, sendo pisoteada por eles, sentada, quietinha, de cabeça baixa, suja e remelenta. “É ela!”

Nunca mais fui a mesma. Hoje, com dez meses, destrói tudo o que vê. Brincalhona sem limite. Terrível. De personalidade forte, engraçada, mas dengosa. Simpática com todos. Atrevida e curiosa. Se antes eu não saia por conta da casa, hoje não saio por ela.

Aquela gatinha de cabeça baixa nunca existiu. É pior que aqueles sete gatinhos juntos! Minha paixão e minha melhor companhia é a Pitica. É, sem dúvida, a melhor parte de mim. Minha razão de viver.

Ana Maria Toniolo e Bilbo – Acreditei no amor e na dedicação

Eu carregava nas lembranças uma situação na qual eu, criança, jogava água em uma gatinho. Cena que, apesar de não ter a noção à época do que estava fazendo, pesava na minha consciência.

Mas eis que sempre nos é dada a oportunidade de reparar nossos erros, e, passados 53 anos, a vida me trouxe, por meio de uma filha, uma gatinho que estava na rua, para que ficasse temporariamente na minha casa. Aceitei que ele ficasse até que achassem alguém que pudesse adotá-lo, pois jamais passava na minha cabeça criar gato.

Acredite, aquele pequenino ser corajoso, marrentinho e ninja me conquistou. E nada como um bom nome de alguém muito corajoso como Bilbo Bolseiro, personagem fictício, protagonista da obra infanto-juvenil “Hobbit”, de J.R.R Tolkien, e também personagem coadjuvante em “O Senhor dos Anéis”.

Fui aos poucos apegando-me àquela criaturinha, resolvi protegê-lo e com muito amor transmutá-lo, já que era muito agressivo, pois teve que aprender a se defender dos perigos da rua. Acreditei no amor e na dedicação. Sabia que ele iria mudar, apesar de ter mordido todos da casa.

Hoje, posso dizer que ele significa fidelidade, amizade, companheirismo e que juntos cuidamos das boas energias da casa, nos comunicamos na linguagem universal do amor, na qual eu tenho certeza que ele entende.

Fui nomeada avó e sempre, ao chegar em casa, eu pergunto: Quem é o gatinho que a vovó ama muito? E ele me responde com um “miau”. Só tenho a agradecer a Deus a oportunidade que foi me dada para descobrir, após a metade da vida, que eu iria amar tanto os gatos, e todos os dias ser recebida por um gatinho na porta de casa.

Tamine Höehr de Moraes e Olívia – A presença dela era o que tornava minha casa um lar

Quando eu era criança, tinha medo de gato. Volta e meia o meu pai abrigava gatos vira-latas e eu sempre tentava evitá-los. Tinha muito medo das mordidas e dos arranhões.

Anos depois, já na faculdade, passei três meses cuidando da gatinha da minha irmã. Percebi que essa tarefa não era difícil e nem assustadora e, por isso, decidi que queria ter uma gata também. Achei que a experiência seria igual ou parecida, então encarei a responsabilidade.

E eis que a Olívia surgiu na minha vida.

Ela era uma filhote de uma gata que foi atropelada poucos dias depois de parir. Ela era miúda, tinha dois meses, praticamente sem pelos, estranhamente barriguda e dona de muitos miados agudos.

Mal sabia andar, mas já encarava as escadas enormes da casa da minha mãe. Não sabia fazer as suas necessidades –o que justificava a barriga imensa–, então precisei fazer massagens para ajudá-la nesse começo de vida. E, depois, precisei ensiná-la a usar a caixinha de areia, porque ela fazia as necessidades no chão, de frente para o vaso sanitário.

Ainda pequena, ela subia pelas cortinas de casa e, à medida que crescia, os estragos foram aparecendo: sofá rasgado, papeis amassados e as toalhas de banho desfiadas. Alguns quadros eventualmente apareciam no chão, já que ela aprendeu a tomar impulso no sofá, pular e bater no que estivesse pendurado nas paredes.

Até o meu vestido de formatura ganhou um fio puxado horas antes da festa, graças as suas patinhas inquietas.

Minha casa costumava ter almofadas, vasos com flores e enfeites espalhados por todos os cantos. O apartamento pós-Olívia não sobreviveu às traquinagens felinas e se tornou um local simplesmente mobiliado, cheio de caixas de papelão, bolinhas e fios espalhados por tudo.

A Olívia era esse tipo da gata que muitos rejeitam: mordia, arranhava, não gostava de colo, era espaçosa, sujava toda a caixa de areia (e a parede, eventualmente) e estragava tudo, da mobília à roupa.

Certo dia, ela ficou doente. Recordo que cheguei a bater a lateral do meu carro em um poste depois de deixá-la esperneando no veterinário. Ela era considerada feral pelos profissionais e tornava tudo mais difícil. Mas, no final das contas, eu a via como a minha pequena frajola valente e que, felizmente, sobreviveu a uma doença grave.

A Olívia ficou comigo durante o final da faculdade, estava por perto quando arranjei o meu primeiro emprego e foi comigo para São Paulo. As mudanças foram estressantes, mas ela ia ficando cada vez mais à vontade onde morávamos.

A brincadeira favorita dessa época era se esconder debaixo da mesa e se jogar, de surpresa, contra as pernas de quem estivesse passando. Depois, saía correndo e se escondia de novo.

Encapetada, sapeca… minha gata! Eu a colocava para dormir e ela só levantava de manhã, logo após eu dar bom dia. Eu a abraçava e a beijava enquanto ela dormia na minha cama, no meio da tarde de sábado. Quando eu coloquei uma caixa de sapato em cima do sofá, ela subia e sempre ia direto para lá: era o lugar dela.

Certo dia, ela apareceu fisicamente abalada. Dessa vez, por pura falta de sorte, eu encontrei um veterinário que não foi capaz de ajudá-la. Vaidosamente, ele refutou o diagnóstico dos antigos veterinários e só deu o braço a torcer tardiamente, quando o tratamento já não fazia mais efeito.

A Olívia virou estrelinha com um pouco mais de cinco anos de vida.

Dia do gato e as lições de vida de quem já teve um: 1) aprendi a não ter medo de gato, porque aprendi a amar incondicionalmente uma gata muito especial e cheia de personalidade; 2) aprendi a não dar valor para bens materiais, pois a presença da Olívia era o que tornava a minha casa um lar; 3) apesar de algumas pessoas terem torcido o nariz enquanto eu sofria a sua perda, pois segundo elas, a Olivia era “só um gato”… bem, aprendi que isso não existe. A Olívia nunca foi só um gato. Ela era parte da minha família, era o meu exercício diário de tolerância, de afeto e de cuidado. Era uma gata única e excepcional. Era a minha pequena, a minha capeta, a minha gatinha.

Renata A. Melki de Souza e Buddy e Neve – Eles me trouxeram bem-estar

Tenho dois gatos, o Buddy e o Neve. Para mim, eles representam tudo de bom. São animais espertos, astutos, curiosos, mas ao mesmo tempo amorosos, de uma maneira diferente. Eles me seguem pela casa, pegam os bichinhos que encontram no quintal, dormem comigo na cama e me fazem companhia.

Os felinos têm uma personalidade incrível, meus gatos gostam de brincar e me trouxeram bem-estar, saúde e são como se fossem da família. Muitas pessoas podem pensar que eles são independentes e solitários, mas cuidamos, alimentamos, vacinamos e eles nos devolvem em amor e carinho.

Meus gatos mudaram minha vida para muito melhor. Todos sabemos que quem tem um gato não consegue ter somente um, por isso, não tem como não amar os felinos, eles significam amor, parceria, amizade e são ótimos animais de estimação.

Jacson Tigre e Pipo – É o meu melhor amigo

Depois que o Pipo chegou na minha vida, mudou completamente minha rotina. Comecei a cuidar dele como um filho (que ainda não tenho). Existe hoje um amor incondicional pelo meu grandão de apenas seis meses.

Um bêbado estava com ele na rua quando minha irmã o viu. Tinha sido separado da mãezinha, tão pequeno e miando bastante, magro e com muita fome. O senhor queria se desfazer dele, de qualquer maneira. Então vendeu o animal para a minha irmã por R$ 2 para tomar uma dose de cachaça.

Ela, comovida e vendo a situação do bichinho, comprou. Ligou pra mim, disse que tinha achado um gatinho filhote, que era pra eu pegá-lo na sua casa e cuidar dele.

Quando vi o Pipo, ainda sem esse fofo nome, me apaixonei e cuidei da melhor maneira possível. Dá muito trabalho, porém, é sem dúvidas o meu melhor amigo. Meu bebezão, não quero deixá-lo só, nunca mais.