Apaixonado por gatos, Hemingway deixou uma linhagem de felinos com polidactilia em sua casa na Flórida

Ernest Hemingway, autor de livros como “Paris É uma Festa” e “Adeus às Armas”, era um apaixonado por gatos.

Nascido em 21 de julho de 1899, o escritor americano criou muitos bichanos em suas casas em Finca Vigía, em Cuba, e em Key West, na Flórida (EUA). Os dois imóveis foram transformados em museus após a morte dele, em 2 de julho de 1961.

Na casa de Cuba, ao lado de gatos como Cristóbal (homenagem a Cristóvão Colombo), Hemingway escreveu os clássicos “Por Quem os Sinos Dobram” e “O Velho e o Mar”, pelo qual ganhou os prêmios Pulitzer e Nobel.

Mas foi em sua residência na Flórida que ele deixou seu legado felino: uma linhagem de gatos com polidactilia. Esses bichanos têm seis dedos nas patinhas da frente, sendo que normalmente os gatos têm apenas cinco. Às vezes, os dedinhos a mais aparecem também nas patas traseiras.

A matriarca dessa família foi a gatinha branca Snow White, às vezes chamada de Snowball.

Snow White foi dada de presente a Hemingway pelo capitão Stanley Dexter. Por espantar os ratos das embarcações, os gatos são os bichos preferidos dos marinheiros. Além disso, eles acreditam que os bichanos com polidactilia dão sorte aos navios.

Como há algumas décadas não era comum castrar animais, a gata acabou tendo filhotes com outros gatos da região. Hoje, cerca de 50 felinos vivem na casa de Key West, sendo que metade deles tem polidactilia. Todos são tratados pelo veterinário Edie Clark.

A história de amor entre os gatos e Hemingway, que os chamava de “máquinas de ronronar” e “esponjas de amor”, é contada no livro “Hemingway’s Cats: An Illustrated Biography”, escrito por Carlene Brennen  e Hilary Hemingway, sobrinha do autor.

Atualmente, as casas de Hemingway estão abertas à visitação. Clique aqui para ver os horários de funcionamento em Key West e aqui para Finca Vigía.