O que aconteceu com Choupette, a gata do estilista Karl Lagerfeld

Karl Lagerfeld morreu em 19 de fevereiro do ano passado, aos 85 anos, em decorrência de um câncer no pâncreas.

Além de lamentarem a perda do estilista alemão, diretor criativo da grife Chanel por 36 anos, os fãs se afligiram: o que será de Choupette?

“As pessoas vinham à loja e diziam como estavam tristes, e metade disso era sobre Choupette”, disse ao jornal The New York Times Caroline Lebar, chefe de comunicação da marca Karl Lagerfeld em Paris. “Eles diziam: Se ela estiver sozinha, eu a levarei para casa.”

Mas Choupette está bem. Muito bem.

Apesar dos rumores de que a gata de oito anos da raça sagrado da Birmânia herdaria a fortuna de Lagerfeld estimada em US$ 195 milhões (mais de R$ 800 milhões), parece que ela é uma felina independente financeiramente.

Segundo o agente de Choupette, Lucas Bérullier, da My Pet Agency em Paris, a bichana vai sempre à agência fazer fotos para sua conta no Instagram. “Nós temos lindos projetos”, diz Bérullier.

Ela também não sofre de solidão. Choupette vive com a babá Françoise Caçote, ex-governanta de Lagerfeld.

Nascida em 2011, a gatinha pertencia ao modelo francês Baptiste Giabiconi, que inadvertidamente a deixou, ainda filhote, por duas semanas na casa de Lagerfeld. Quando o modelo voltou de viagem para buscá-la, o estilista avisou: “Sinto muito, a Choupette é minha”.

A expressão “choupette” é uma espécie de gíria em francês para garotas bonitas.

Como fez com a supermodelo alemã Claudia Schiffer nos anos 1990, o estilista transformou a gata em ícone fashion. No colo de Gisele Bündchen, foi capa da Vogue Brasil —fotografada pelo papai.

A gatinha inspirou coleções da marca Karl Lagerfeld, roupas da Chanel ganharam um novo tom de azul chamado Choupette blue, inspirado na cor dos olhos da gata, e uma linha de produtos de maquiagem Shu Uemura de nome Shu-pette.

A musa felina do estilista também tem um livro, “Choupette”, publicado pela editora alemã Steidl Verlag. Feito de capa dura e encadernado em linho azul, reúne  fotos suas clicadas com um iPhone por Lagerfeld. De acordo com Gerhard Steidl, publisher da empresa, todos os royalties vão diretamente para a bichana.

“Ela é uma empresa”, diz Steidl. “Ela tem uma conta bancária.”

Mesmo com todos os mimos e riqueza, certamente a bela gatinha sente falta de seu pai famoso e seus elogios.

“Ela é uma espécie de Greta Garbo. Há algo de inesquecível nela, o modo como ela se move, o jeito como ela brinca. Ela é uma inspiração para a elegância. Para a atitude”, definiu Lagerfeld durante uma entrevista, em 2015.