Morre Esperança, gata que nasceu sem parte das patas e a orelha direita
A gatinha Esperança morreu nesta quarta-feira (15), aos 10 anos. Ela tinha linfoma, um tipo de câncer que se desenvolve no sistema linfático.
Esperança era famosa no Facebook e reunia mais de 12 mil seguidores no grupo Esperança: A Gatinha Mais Que Feliz.
Ela não tinha parte das patas dianteiras nem a orelha direita e foi adotada aos 2 anos por Renata Garcia Raffaele, com quem vivia em São Paulo.
Quando Renata a adotou, a gata foi examinada por uma veterinária e, por meio de radiografias, foi comprovado que ela nasceu assim. Não foi observado nenhum sinal de amputação ou maus-tratos.
Apesar das limitações físicas, Esperança brincava, subia no sofá e levava uma vida normal de gato.
Renata conta que há cerca de 20 dias ela começou a ter sintomas como falta de apetite e a levou a um veterinário, que deu o diagnóstico de faringite.
No entanto, pouco depois começaram a surgir linfonodos na garganta e no abdome da gatinha, além de febre, e o veterinário pediu exames que indicaram o linfoma. Apesar do tratamento de quimioterapia, a bichana não resistiu e morreu nesta quarta.
“Esperança me mostrou que ser especial, é ser feliz”, diz Renata.
“Ela me ensinou que não há limitações quando se ama de verdade. Sinto muita honra em ser sua mãe, quero guardar na lembrança a linda gata que ela era, agradecer a Deus por me permitir conviver com ela todos esses anos. Além de agradecer pela amizades que fiz por causa do grupo dela. O amor que as pessoas tinham por ela é surpreendente”, revela.
Renata conta que conheceu Esperança em 2013, quando uma amiga veterinária contou a história da gatinha: a bichana havia sido adotada por um senhor, que a encontrou grávida caída dentro de um poço. Ele a adotou e a levou para uma consulta com a veterinária. Lá, a gatinha precisou fazer uma cesariana para ter seus quatro bebês e foi castrada.
A veterinária soube do abandono e contou a história para Renata, que viu fotos da gatinha. Foi amor à primeira vista.
Renata acolheu a gata e os filhotes, que depois foram doados com ajuda da ONG Gatópoles para famílias responsáveis.