Rio de Janeiro ganha cat café que promove adoção de gatos
Numa charmosa casinha cor-de-rosa, instalada em Botafogo, bairro da zona sul do Rio de Janeiro, foi inaugurado o Gatocafé, no dia 21 de julho.
O imóvel centenário, tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), foi o local escolhido pela arquiteta Giovanna Molinaro, 25, para receber o primeiro cat café carioca.
A ideia surgiu quando Giovanna fez uma viagem ao Japão, em 2018, e visitou esses estabelecimentos tão comuns no país asiático, que unem café e gatos em um só ambiente.
No Brasil, a vigilância sanitária não permite a presença de animais em lugares que vendem comida. De acordo com a Gerência Geral de Alimentos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), “as áreas internas e externas do comércio devem estar livres de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, não sendo permitida a presença de animais”. Essa medida, segundo a agência, é necessária para a prevenção de zoonoses.
Por isso, Giovanna escolheu o imóvel com cerca de 100 m² para poder separar os ambientes. De um lado, fica a cafeteria e mesinhas onde as refeições são servidas. Do outro, separado por um vidro, fica o espaço dos gatos. É lá onde acontece a farra felina.
Na área dos bichanos, o público pode levar notebook e trabalhar ao lado de uma bela companhia ronronenta, tirar fotos em frente a um painel de luz neon com a frase “O amor da minha vida é um gato”, brincar bastante com os bichinhos ou apenas relaxar numa poltrona.
Todos os gatos que ficam no Gatocafé estão para adoção. É uma parceria que a cafeteria fez com a ONG Bigodes do Bunker. Desde a inauguração, três animais já foram adotados lá.
“Eu não queria apenas montar um cat café, queria algo que fizesse a diferença na vida dos gatos, por isso achei importante estimular a adoção”, conta Giovanna.
Para ela, o contato que os possíveis adotantes podem ter com os pets é uma oportunidade para conhecer melhor a personalidade dos animais e garantir adoções mais responsáveis, evitando devoluções.
Para os interessados em levar um dos bichanos para casa, a equipe do Gatocafé coloca a pessoa em contato com os voluntários do Bigodes do Bunker, que fazem entrevistas com os candidatos e iniciam o processo de adoção.
Giovanna tem três gatinhos, Calvin, Fúria e King, que são homenageados em vários cantinhos do estabelecimento, como em quadros que enfeitam as paredes e em canecas que estão à venda.
Além da temática felina na decoração e nos quitutes que são servidos na casa, outra coisa que chama a atenção no Gatocafé é a predominância da cor rosa, desde a pintura da fachada às almofadas peludinhas.
“Antes de começar a reforma, fiz uma pesquisa informal e percebi que as pessoas costumam associar os gatos a comportamentos fofos. Então decidi escolher o rosa como destaque”, revela.
Há um ano, Giovanna deixou o emprego para desenvolver o projeto do Gatocafé. O imóvel foi alugado em fevereiro deste ano.
“No final, tivemos sorte de não abrir antes da pandemia do novo coronavírus, pois poderíamos ter sofrido com o impacto logo na inauguração”, diz.
Para respeitar as regras de isolamento social, a cafeteria tomou algumas medidas, como retirar parte das mesas para evitar aglomeração e disponibilizar frascos de álcool em gel.
Gatocafé
Onde Rua das Palmeiras, 26, Botafogo, Rio de Janeiro
Quando Terça a domingo, das 10h às 19h
Contato Tel. (21) 3283-5469, Instagram @gatocafeoficial