No clima das Olimpíadas: Exímio saltador e corredor, seu gato é um atleta em potencial
Se você está tomado pelo clima dos Jogos Olímpicos e empolgado com as duas medalhas de Rebeca Andrade na ginástica artística —prata no individual geral e ouro no salto–, saiba que o seu gato também é um atleta em potencial.
Sim, além de dormir cerca de 16 horas por dia e ser extremamente flexível ao lamber patas, costas e bumbum, esse pançudinho é capaz de dar pulos de até 2 metros de altura.
Um artigo de pesquisa publicado no Journal of Experimental Biology, em 2002, mostrou que a capacidade de saltar tão alto (tamanho maior do que quatro vezes o do corpo do felino, que gira em torno de 45 centímetros sem cauda) se deve ao comprimento e à massa muscular de suas patas traseiras. Os bichanos formam o pulo com um agachamento profundo, levantam as patas dianteiras e estendem as traseiras de maneira bem rápida, alcançando assim facilmente o topo de uma estante.
Para se ter uma ideia, o pulo mais alto de um ser humano foi conquistado pelo atleta cubano Javier Sotomayor no salto em altura masculino e chegou a 2,45 metros. Com a diferença que Javier tem 1,93 m de altura.
Já o pulo mais longo de um gato, numa distância horizontal, foi registrado pelo Guinness Book, em 2018. O recordista foi Waffle the Warrior Cat, que atingiu 2,13 metros (mais precisamente 213,36 centímetros) saltando de um banco para o outro na Califórnia, nos Estados Unidos.
Quanto à velocidade, um gatinho comum pode correr em torno de 48 km/h. Enquanto isso, o homem mais rápido do mundo, Usain Bolt, bateu o recorde mundial nos 100 metros e completou a prova em 9,58 segundos, alcançando um velocidade média de aproximadamente 37,6 km/h.
Você deve estar pensando como esse bichinho tão preguiçoso pode se transformar em um atleta olímpico de uma hora para outra, certo? Na verdade, geneticamente ele não é muito diferente do seu antepassado evolutivo, o Felis silvestris (nossos bichanos, o Felis silvestris catus, são uma subespécie dele).
Há milhares de anos, antes de serem domesticados pelo homem, esses animais usavam todas essas habilidades para capturar suas presas.
Ou seja, apesar de passar o dia todo no sofá, o seu gatinho ainda tem dentro dele aquele instinto de caça –afinal, aquelas baratinhas, lagartixas e outros “presentinhos” não surgem à toa.