Após ser ‘acusado’ de desprezar Larry, Cameron publica foto para provar que ama o gato
A obsessão dos britânicos a respeito de Larry, o “gato-oficial”, não acabou mesmo após a troca de ministros.
Se antes a preocupação era sobre o futuro do bichano –se ele continuaria no cargo de “chief mouser”, o caçador de ratos da 10 Downing Street, residência oficial do premiê–, agora a questão é: Larry algum dia foi amado?
A suspeita foi levantada na terça-feira (12) pelo jornalista James Kirkup, editor do “The Telegraph”, no texto (escrito com toda a ironia característica dos ingleses) “A pior mentira de David Cameron é finalmente revelada: Larry, o gato”.
Kirkup questiona se a adoção de Larry por Cameron, em 2011, não seria apenas um golpe de marketing para o ex-primeiro-ministro passar uma imagem mais agradável. “Que tipo de homem muda de casa e deixa seu gato?”, perguntou Kirkup.
Na teoria do jornalista, o agora ex-ministro nem gosta de gatos. Pior: ele seria o tipo de pessoa que gosta mais de cães, como um labrador chocolate, por exemplo.
No dia seguinte à publicação do texto de Kirtup, Cameron aproveitou sua última participação como premiê na Questões ao Primeiro-Ministro, uma convenção constitucional que acontece toda quarta-feira no Parlamento britânico, para dizer que sempre amou Larry e que tinha uma “evidência fotográfica para provar”.
“Infelizmente, eu não posso levar Larry comigo. Ele pertence à casa, e os funcionários o amam muito, assim como eu amo”, afirmou.
Horas depois, Cameron postou uma foto em sua conta no Twitter, com o gato deitado no seu colo, e a legenda: “Prova”.
No mesmo dia, um porta-voz do governo explicou por que Larry vai continuar vivendo na Downing Street, agora com a nova premiê Theresa May: “O gato é um funcionário público e não pertence aos Cameron. Ele vai ficar”.
É bom que May cuide bem do gatinho. Os britânicos estarão de olho.