Café com Gato promove aula de ioga com bichanos no interior de SP
Humanos e gatos têm um compromisso juntos neste sábado (10), às 16h: uma aula de ioga na unidade de Sorocaba da cafeteria Café com Gato.
Fabiana Ribeiro, proprietária do café, diz que se inspirou em ONGs e academias de outros países que promovem ioga com gatos.
“É uma atividade que combina com a energia dos felinos”, afirma Fabiana.
Como a principal preocupação é não estressar os dez bichanos que vivem no local, apenas três pessoas, além do instrutor, podem participar da aula.
A cada R$ 20 gastos na cafeteria, o cliente ganha um cupom para participar da aula. Depois é só torcer para ser um dos três sorteados.
CAFÉ COM GATO
A primeira unidade da Café com Gato foi inaugurada em 2014, em Sorocaba.
Fabiana teve a ideia de abrir um cat café em 2013. Na época, ela trabalhava como coordenadora de compras de uma multinacional em Salto, no interior de SP, e era conhecida na empresa por gostar muito de gatos.
Um dia, uma gatinha que vivia no prédio foi atacada por um gambá, e ela foi chamada pelos colegas para socorrer a bichana.
Fabiana levou a gata ao veterinário e todos os dias trocava os curativos dela durante o horário de trabalho. Foi então que ela pensou em unir a paixão por gatos à vida profissional.
Inspirada em cat cafés de outros países, ela visitou a vigilância sanitária e descobriu que no Brasil não é permitido ter animais em estabelecimentos que vendem comida.
De acordo com a Gerência Geral de Alimentos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), “as áreas internas e externas do comércio devem estar livres de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, não sendo permitida a presença de animais”. Essa medida, segundo a agência, é necessária para a prevenção de zoonoses.
Então Fabiana decidiu criar um espaço específico e apropriado para os gatos no cat café. Na unidade de Sorocaba, os dez bichanos ficam em uma área de 36 m², além de quintal telado, construído especialmente para eles.
Na unidade de Campinas, inaugurada em 2017, nove felinos vivem em uma área fechada do mesmo tamanho, porém com um quintal maior.
Os dois estabelecimentos foram aprovados pela vigilância sanitária.
“No início, recebemos vários protetores e ativistas preocupados com a situação dos gatos. Mas todos que vieram conhecer ficaram muito felizes com o nosso trabalho”, conta Fabiana.
Entre os bichanos que vivem nas duas unidades estão vira-latas e gatos das raças persa, bengal, sphynx, maine coon, ragdoll e american shorthair.
Fabiana diz que, quando abriu a cafeteria, ficou chateada por não poder deixar os gatos interagirem com o público livremente.
“Mas hoje eu acho melhor os gatos ficarem separados, assim eles não se estressam.”
Em cat cafés de outros países, como nos do Japão, os gatos podem ficam no mesmo ambiente que os humanos, porém há uma série de regras que devem ser respeitadas. Clique aqui e saiba mais.